sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Desneurando

Pedaço por pedaço.



Olá queridos leitores! Quem me acompanha nas redes sociais sabe que ontem eu completei meus 18 anos. Inicialmente eu achava que nada iria mudar na minha vida (além de poder abrir crediários e receber processos em meu nome) mas ontem percebi que o bacana de atingir a maior idade não é pensar em como sua vida será agora que você já é juridicamente "capaz". O legal é fazer uma retrospectiva, pensar em todo mundo que te ajudou na formação de caráter, opinião, e que fez de você, ano após ano, uma metamorfose ambulante, como já dizia a música.
Voltamos então aos meados de 1994 que foi quando eu nasci! Gordinha, branquinha e com dois olhos que segundo a minha mãe pareciam duas jabuticabas de tão escuras. Acho que a minha primeira lembrança é de uma festa de quando eu completei três anos de idade (é claro que eu não lembro de tudo com riquezas de detalhes) mas me lembro de algumas imagens desfocadas, como muitas pessoas em volta de mim, e me lembro de ganhar muitos presentes, e me sentir muito querida e segura. Por que eu esto dizendo isso? Porque ontem percebi que me sinto assim novamente, rodeada de pessoas muito queridas e que este sentimento de afeição é respectivo. É bom se sentir entre amigos, é bom ter essa barreira protetora que é criada em forma da gente quando estamos entre pessoas que nos fazem sentir-nos bem.
Acho que este ano de 2012 incontestavelmente está sendo o melhor ano da minha vida, e eu devo isso a tanta gente! Tanta gente que me deu oportunidade de ter o meu espaço de mostrar o meu trabalho e me desafiar a cada dia a conquistar mais uma vitória, meta a meta. Tive a oportunidade de conhecer pessoas que me acolheram com o maior carinho do mundo, pessoas que eram distantes e hoje se tornaram parte da engrenagem da minha vida, pessoas que mesmo de maneiras não tão próximas afetam o meu dia a dia, com muita sabedoria, me ensinando lições das quais eu com toda certeza irei lembrar para sempre, mesmo com palavras duras, me inspirando a dar sempre o melhor de mim, independente do que for realizar.
Hoje me vejo como a minha maior obra prima, mas não apenas minha, mas sim de todos os que já contribuíram em algum momento de toda a minha existência. E acreditem: todos vocês que passaram por mim, contribuíram e serão lembrados para sempre (até mesmo os que me tentaram fazer mal). Hoje eu também entendo que a essência dos aniversários não são o número de primaveras que você completa, mas sim, o aprendizado que se tira de cada uma delas. Todos que lerem esta postagem saberão que foram importantes, e em quais momentos foram importantes, mas em suma, o propósito era agradecer. Agradecer aos entes próximos e também aos não tão próximos, aos amigos, melhores amigos, novos amigos, e antigos amigos, e também aos inimigos. E a mim mesma, por conseguir lidar com todas essas intervenções tentando sempre adquirir apenas o bom. A todos os que estão como eu, começando a vida agora eu recomendo que continuem lutando por seus sonhos, e conquistando a cada dia com muita garra seu lugar nesse mundo tão grande e maravilhoso que temos. E aos que olham com saudade para este tempo de começo de vida eu digo, lembrem de seus sonhos, lembrem de como é bom ter um sonho. Não se pode atribuir valor econômico a um sonho, mas é ele que te dará força e perspectiva para conquistar tudo o que deseja. 

Lembre-se: Você é sua maior obra prima!



Entre Aspas



"Esta é minha vida e não vou ficar sentada na calçada olhando ela passar por mim. Vou deixar meu legado e fazer a minha marca."
Fingerprints - Katy Perry

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Desneurando

Hoje a postagem é um texto que caiu como uma reflexão minha, aos meus dezoito anos de vida, mas não apenas para mim, mas também para todos que tem apenas existido ao invés de viverem. 





Não importa aonde você parou, em que momento da vida você cansou, o importante é que sempre é possível recomeçar! Recomeçar é dar uma chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante: Acreditar em você de novo! Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza de alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É porque você fechou as portas até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da sua melhora. Pois é, agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas mais simples de novo... Que tal um novo emprego? Um corte de cabelo arrojado. Diferente? Um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundo a fora, só o esperando. Está se sentindo sozinho? Besteira! Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento", tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos. Ficamos horríveis, o mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca ficar amarga! Recomeçar... Hoje é um bom dia para começar novos desafios. Aonde você quer chegar? Ir alto, sonhe alto, queira o melhor do mundo! Queira coisas boas para a vida. Pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos, se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental, jogue fora tudo o que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupas, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados! Jogue tudo fora! Mas principalmente, esvazie seu coração, fique pronto par a vida, para um novo amor. Lembre-se: Somos apaixonáveis! Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o "amor". Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Desneurando

"Amar a si mesmo é o começo de um romance que vai durar a vida inteira."
Oscar Wilde


CONTRATO SOCIAL
Porque sentimentos não são contratos, e pessoas não são apólices;

Eu estive pensando, sobre sentimentos, sobre pessoas, sobre suas relações conturbadas, e sobre o que fica quando todo o drama se vai. Hoje, especificamente, eu acredito que o amor não deve ser algo penoso, um carma a se levar para a vida toda. O amor é aquele sentimento bom de conhecer alguém, e se interessar. De se apaixonar, de sentir desejo, de querer estar junto. O amor é aquele começo de namoro, aquele encontro de sábado a noite, aquela mensagem inesperada de manhã, aquela troca de olhares que te faz sentir um arrepio. Mas o amor também pode ser calmo, tranquilo, o simples bem querer de alguém. A verdade é que não existe definição concreta para o amor, apenas que o amor é algo bom, e não deve ser motivo de lágrimas, a menos que sejam de alegria. Tantas pessoas passam a vida procurando o amor, e esquecem de realmente olhar para todas as coisas de amor espalhadas pelo mundo. Afinal, o mundo é amor! Amor de um abraço de mãe, amor de uma palavra amiga, amor de cuidado, amor de respeito. Amor é felicidade, amor é alegria! E é exatamente assim que deve ser.
O eterno deve durar pelo o tempo em que te faz bem, se um cara te faz chorar, se um cara te faz se sentir insegura, ou deprimida, não pode ser amor, ou deve ser aquele fim de amor, quando já vira comodismo. Quando o amor vira sinônimo de conveniência. 
A pergunta que devemos nos fazer a cada dia, a cada palavra que não dissemos, a cada decisão que não tomamos, a cada magoa, a cada lágrima é: Se este fosse o meu último momento, eu estaria feliz por ter sido quem eu escolhi ser? Independente de uma sequência, a ordem da vida é ser feliz! Não existe método para ter o relacionamento perfeito, não existe outro a caminho além do qual você mesmo irá traçar. Quem percorre um caminho traçado, só chega até aonde os outros já foram. 
Então agora é momento, de pegar todos os declínios, de repensar todos os seus erros, e se reinventar... Garanto que este seu novo eu será muito mais forte, muito mais decidido, e muito mais feliz. O bom da vida é poder zerar e começar inúmeras vértices de uma mesma história. Então seja firme, conecte-se com o seu passado, escute o que o seu eu anterior tem a dizer, escute sua memória te dizendo "Siga em frente", mas também escute o seu futuro, veja longe, na linha do horizonte, todos os seus planos concretizados, e você muito mais segura, olhando para trás e te dizendo: Continue forte, nós conseguimos!
Apaixone-se por você, ou ame todas as beleza do mundo, você merece viver. Quem não encontra o amor, pode inventa-lo ou pode pegar pequenas doses, até se sentir forte o suficiente para declarar-se livre e amado. Pense que existem apenas dois dias que estão fora do seu controle, eles se chamam ontem e amanhã, então viva o agora, por que o presente está repleto de amor!


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Espaço Literário

Resenha do livro de Francesco Carnelutti - As Misérias do Processo Penal




O livro “As Misérias do Processo Penal", foi escrito no ano de 1957, pelo célebre advogado e jurista italiano Francesco Carnelutti. A obra consegue descrever com peculiaridades de detalhes todas as fases do processo penal, desde a identificação do duo acusação e defesa, até a postura adotada pela sociedade em face do ex-presidiário com o mundo exterior e seu processo de readequação a sociedade.
Temos a princípio o conceito de jurisdição do juiz, no qual Carnelutti explica que por mais aparentemente hediondo que um caso se defronte ao juiz, o mesmo, como guardião do conceito de justiça, deve sempre sentenciar em nome da preservação da paz e do bem comum. Quanto aos advogados e ao Ministério Público, ficam estes incumbidos de guerrear, desmanchando os argumentos adversários; são os autênticos sofistas, construindo suas teses a partir do núcleo do conflito réu versus acusado. Esta lide é o que configura um processo penal, uma vez que sem esta divergência é impossível até mesmo falar de explanação do caso ou veredicto.
Passado do entendimento básico da necessidade do processo penal e de todas as suas vértices, entraremos agora na questão do funcionamento do julgamento de um processo penal, dando atenção a questão da utilização da toga, que é muito mais profunda do que sua atual figura de meramente burocrática. A toga tem como princípio a diferenciação das partes, ou seja, a divisão entre acusador e defesa, e o juiz como o resoluto que dará o parecer final. Ironicamente eles estão divididos, no entanto unidos por uma classe, a classe dos operadores do Direito.
Configurado o cenário em que se dá o processo penal, temos agora o centro do conflito, o réu, caracterizado como a parte maquiavélica, o monstro, o hediondo, através dos tempos classificado paulatinamente como o individuo merecedor da pena cruel e irredutível. Esta nomenclatura lhe parece conveniente quando se trata de um caso de grande repercussão ou um fato ocorrido dentro de seu âmbito familiar, no entanto os operadores do Direito tanto a parte da acusação, como a parte da defesa e do juiz devem ter a equidade de levar em consideração todos os fatores que acarretaram o crime. O que ocorre é que em diversos casos os delitos cometidos, refletem como um grito de indignação ou um pedido ajuda, quando aparentemente para o réu não existe outra saída eminente. É claro que este pensamento não pode ser genérico, mas dentro do processo penal nada que é humano deve causar estranheza, e deve ser levado em conta que diferentemente de outras áreas do direito, o direito penal lida diretamente com o núcleo interno de cada um de seus integrantes, que por muitas vezes se encontram transtornados por inumeráveis fatores. Sendo assim, é importante que os defensores dos direitos fundamentais, não esqueçam que infringindo os direitos fundamentais e a dignidade do réu, tornam-se tão merecedores de punição quanto o designado criminoso. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Papo Sério


Você conhece o projeto 6emeia?


Estava garimpando pela internet quando me deparei com este trabalho incrível realizado pela dupla 6emeia. Separei abaixo os meus trabalhos preferidos!



O duo 6emeia foi criado e desenvolvido pelos artistas Anderson Augusto conhecido como São, e Leonardo Delafuente conhecido como Delafuente, moradores do bairro da Barra Funda onde se iniciou o projeto com o intuito da mudança e transformação do cotidiano.




O objetivo é modificar o meio ao qual todos vivemos propondo um novo olhar e uma reflexão em cima de temas gerados pelo trabalho inusitado e criativo, que consiste em pintar bueiros, postes, tampas de esgoto e qualquer outro objeto que construa o cenário urbano.






Com os bueiros pintados a proposta é um novo tipo de linguagem entre arte/cidade e arte/pessoas. Colocando a arte a serviço e alcance de todos. Mostrando que até o mais esquecido e indiferente objeto, se olhado com cuidado pode exalar arte. Os bueiros já pintados pelo 6emeia são como gotas coloridas em um imenso balde cinza. Afirmando dessa maneira que a arte não necessita necessariamente estar vinculada ou pendura em paredes de galerias ou museus. Em uma cidade tensa, confusa e mergulhada em cores como o cinza e beje, o duo 6emeia destoa da paisagem com sua paleta de cores, levando vida e bom humor a todos.

Para conhecerem mais a respeito do Projeto 6emeia é só acessar o site http://www.6emeia.com/index.php e conferir!



Papo Sério

Como aumentar o seu Q.I.




Bom queridos leitores hoje vou compartilhar com vocês um manual superinteressante extraído ironicamente do site da revista Superinteressante, que dá dicas extremamente bacanas para você aumentar o seu Q.I. e ampliar o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Confira abaixo algumas destas dicas:


VISTA UMA ROUPA DIFERENTE

A rotina acomoda nossos neurônios, que deixam de criar novas sinapses. É como se o cérebro funcionasse apenas no automático. Vestir alguma coisa que não está acostumado, por exemplo, obriga as células do cérebro a aumentar os dendritos - braços do neurônio por onde as informações são transmitidas. E, quanto mais caminhos, melhor.


APRENDA CHINÊS
É muito mais fácil aprender espanhol. Há um motivo para isso: quando a língua é similar à nossa, ela passa a compartilhar a mesma área cognitiva que já usamos. Para aprender chinês, é preciso ativar uma nova rede de células. É a mesma lógica de sair da rotina. Mas aqui, uma área específica do cérebro é ativada: a da linguagem.


TOME BANHO DE OLHOS FECHADOS
Assim você aumenta o número de ligações entre os neurônios, desenvolvendo a propriocepção - capacidade de reconhecer os membros em relação ao resto do corpo. Como efeito colateral, todos os seus sentidos ficam mais aguçados - visão, olfato, tato. Mas talvez você descubra que não gosta do cheiro do seu sabonete...


BEBA CAFÉ
Nem de mais, nem de menos. Quatro xícaras por dia são o suficiente. A cafeína bloqueia os receptores da adenosina, neurotransmissor que causa a sonolência. Com café nas veias, você aumenta a velocidade do processamento de informações e fica mais atento para concluir tarefas complexas, como uma prova de química.


DURMA 8 HORAS POR NOITE

O sono se divide em duas partes. A primeira dura cerca de 1h30 e regenera as células lesadas durante o dia, recuperando o organismo. Na segunda etapa, a memória é reorganizada. Em um adulto de hábitos normais ela dura entre 6 e 7 horas. Se você acordar antes disso, pode atrapalhar os processos de consciência.


OUÇA MOZART

A música do compositor austríaco estabiliza no cérebro as ondas alfa, que se associam à diminuição da tensão mental. É o chamado efeito Mozart. O som estimula áreas relacionadas à memória e exige uma atividade mental complexa, pois seus códigos são baseados em notas e em sequências de tempo. Só que os efeitos da melhora têm vida curta: de 15 a 20 minutos.

E aí o que me dizem? Vocês já ouviram falar destas dicas? Conhecem outros métodos de aumentar a concentração e o desenvolvimento do cérebro? 


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Espaço Literário



Infância

Jorge Amado

Pouco me recordo de meu pai. Ficamos muito crianças eu e minha irmã, eu com cinco anos, quando ele morreu. Lembro-me apenas que minha mãe soluçava, os cabelos caídos sobre o rosto pálido e que meu tio, vestido de preto, abraçava os presentes com uma cara hipócrita de tristeza. Chovia muito. E os homens que seguravam o caixão andavam depressa, sem atender aos soluços de mamãe, que não queria deixar que levassem o seu marido.

Papai, quando vinha da fábrica, me fazia sentar sobre os seus joelhos e me ensinava o ABC com a sua bela voz. Era delicado e incapaz, como diziam, de fazer mal a uma formiga. Brincava com mamãe como se ainda fossem namorados. Mamãe, muito alta e muito pálida, as mãos muito finas e muito longas, era de uma beleza esquisita, quase uma figura de romance. Nervosa, às vezes chorava sem motivo. Meu pai tomava-a então nos seus braços fortes e cantava trechos musicais que faziam com que ela sorrisse. Nunca ralhavam conosco.

Depois que ele morreu, mamãe passou um ano meio alucinada, jogada para um canto, sem ligar aos filhos, sem ligar às roupas, fumando e chorando. Tinha ataques por vezes horríveis. E enchia de gritos dolorosos as noites calmas do meu Sergipe.

Quando após esse ano ela voltou ao estado normal e quis acertar os negócios de papai, meu tio provou, com uma papelada imensa, que a fábrica era dele só, pois meu pai - afirmava com o rosto vermelho e as mãos levantadas num gesto de escândalo - meu pai, meio louco e meio artista, deixara unicamente dívidas que meu tio pagaria para não se desmoralizar o nome da família.

Mamãe silenciou, coitada, e nos apertou nos seus braços, pois nós tremíamos toda a vez que meu tio aparecia com a sua cara vermelha, a sua barriga cultivada, a sua roupa de brim e aqueles olhos pequenos e perversos.

Vivia passando as mãos pela barriga. O meu tio... Mais velho que meu pai dez anos, cedo se tocara para o Rio de Janeiro, onde levou muito tempo sem dar notícias e sem que se soubesse o que fazia. Quando os negócios de meu pai estavam prósperos, ele escreveu a queixar-se da vida, dizendo que queria voltar. E veio, logo após a carta. Papai deu-lhe sociedade na fábrica.

Veio com a esposa, tia Santa, santa de verdade, pobre mártir daquele homem estúpido.

Papai vivia inteiramente para nós e para o seu velho piano. Na fábrica conversava com os operários, ouvia as suas queixas, e sanava os seus males quanto possível. A verdade é que iam vivendo em boa harmonia ele e os operários, a fábrica em relativa prosperidade. Nunca chegamos a ser muito ricos, pois meu pai, homem avesso a negócios, deixava escapar os melhores que lhe apareciam. Fora educado na Europa e tivera hábitos de nômade. Esquadrinhara parte do mundo e amava os objetos velhos e artísticos, as coisas frágeis e as pessoas débeis, tudo que dava idéia ou de convalescença ou de fim próximo. Daí talvez a sua paixão por mamãe. Com a sua magreza pálida de macerada, ela parecia uma eterna convalescente. Papai beijava as suas mãos finas devagar, muito de leve, com medo talvez que aquelas mãos se partissem. E ficavam horas perdidas em longo silêncio de namorados que se compreendem e se bastam. Não me recordo de tê-los ouvido fazer projetos.

Nós, eu e minha irmã, éramos como que bonecos para papai e mamãe.

Quando meu tio chegou mudou tudo. Ele não fora à Europa e se parecia muito com vovó, que fizera dos dezoito anos de vida em comum com meu avô uma dessas tantas tragédias anônimas e horríveis que nascem do casamento da estupidez com a sensibilidade. Dava nos filhos dos operários, o que não admirava, porque, como murmuravam pela cidade, ele espancava a esposa.

Pobre tia Santa! Tão boa, amava tanto as crianças e rezava tanto que tinha calos nos dedos, provocados pelas contas do rosário. Morreu, e a doença foi o marido. Meu tio deflorara uma operária e fora viver com ela publicamente. Santa não resistiu ao desgosto e morreu com o rosário entre as mãos, pedindo a papai que não abandonasse o miserável.

A fábrica prosperou muito. Nunca consegui compreender por que o salário dos operários diminuiu. Papai, fraco por natureza, não tinha coragem de afastar titio da fábrica e um dia, quando tocava ao piano um dos seu trechos prediletos, teve uma síncope e morreu.

[...]

Quando meu pai morreu e após meu tio declarar a nossa miséria, fomos morar numa casinhola no começo de uma ladeira. Eu fiquei muito mais perto do proletariado da "Cu com Bunda" do que da aristocracia da decadente São Cristóvão.

Acostumei-me a jogar futebol com os filhos dos operários. A bola, pobre bola rudimentar, fazia-se de bexiga de boi cheia de ar. Tornei-me camarada de um garoto Sinval, rebento único de uma operária, cujo marido morrera em São Paulo, metido numas encrencas com a polícia, não sei bem por quê. Sei que os operários falava dele como de um mártir. E Sinval desancava os patrões o que mais que podia. Franzino, os ossos quase a aparecer, possuía no entanto uma voz firme e um olhar agressivo. Chefiava a gente nos furtos às mangas e cajus dos sítios vizinhos. E toda vez que meu tio passava, cuspia de lado. Dizia que apenas completasse dezesseis anos embarcaria para São Paulo, para lutar como seu pai. Só muito depois é que eu vim compreender o que significava tudo isso.

Freqüentamos, eu e Elza, a escola. Mamãe fazia rendas e seus pais ajudavam o nosso sustento. Quando fiz quinze anos fui trabalhar na fábrica. Eu era então um rapazola forte, troncudo. O menino anêmico que eu fora se transformara em um adolescente de músculos rijos treinados em brigas de moleques.

Aparentava muito mais idade do que tinha realmente. Vivera sempre entre molecotes pobres da cidade, pobre que eu era como eles. Agora ia ser igual a eles completamente, operário da fábrica. Sinval não me diria mais com seu sorriso mofador:

- Menino rico...

Cinco anos aturei na fábrica a brutalidade do meu tio. Sinval, aos dezessete, vendera o que possuía em roupas e móveis e tocara para as fábricas ou para as fazendas de São Paulo. A primeira e última notícia que tivemos dele foi dois anos depois. Estava metido numa greve e esperava ser preso a qualquer momento. Depois nem uma carta, nem um bilhete, nada. Os operários afirmavam:

- Seguiu o destino do pai - e cerravam os punhos enraivecidos. Mas a fábrica apitava e eles se curvavam, magros e silenciosos.

Minhas mãos estavam então calejadas e meus ombros largos. Esquecera muito do pouco que aprendera na escola, mas em compensação sentia um certo orgulho da minha situação de operário. Não trocaria meu trabalho na fiação pelo lugar de patrão. Meu tio, o dono, estava bem mais velho e mais vermelho e mais rico. A barriga era o índice da sua prosperidade. À proporção que meu tio enriquecia ela se avolumava. Estava enorme, indecente, monstruosa. Poucas fortunas em Sergipe igualavam nesse tempo à sua. Dava esmolas unicamente ao convento (onde papava jantares) e ao orfanato. A este ele dava esmolas e órfãs. Não se podia contar pelos dedos, nem juntando os dos pés, o número de operárias desencaminhadas por meu tio.

Paixão que tive aos catorze anos por uma rameira gasta e sifilítica, com a qual iniciei a minha vida sexual. Amor, aos dezoito, platônico, por uma loura pequena do orfanato que foi ser freira, e enfim aos vinte, o pensamento de me amigar com a Margarida, operária como eu. Isso deu maus resultados. Meu tio andava também de olho na Margarida, que ostentava uns seios altos e alvos, junto a um rosto de criança travessa. Margarida um dia me contou que o patrão andava a apalpá-la. E ria, cínica. Eu acho que foi o seu riso que me fez ir às fuças de meu tio. Estraguei-lhe a cara hipócrita. Fui despedido.

São Paulo parecia à minha mãe e a Elza o fim do mundo. Por nada deixariam que eu fosse para lá. Eu comecei a falar em Ilhéus, terra do cacau e do dinheiro, para onde iam levas e levas de emigrantes. E como Ilhéus ficava apenas a dois dias de navio de Aracaju, elas consentiram que eu me jogasse, numa manhã maravilhosa de luz, na terceira classe do "Murtinho", rumo à terra do cacau, eldorado em que os operários falavam como da terra de Canaã.

Mamãe chorava, Elza chorava, quando me abraçaram na tarde em que segui para Aracaju - tomar o vapor. Eu olhei a velha cidade de São Cristóvão, o coração cheio de saudade. Tinha certeza de que não voltaria mais à minha terra.

Os filhos dos operários jogavam futebol com uma bexiga de boi cheia de ar.

sábado, 13 de outubro de 2012

Fenômenos da internet

Bom queridos leitores o vídeo que segue abaixo é mais um start para desencadearmos uma reflexão quanto a nossa participação nas resoluções da nossa sociedade e como essas decisões interferem minunciosamente em tudo o que nos rodeia.





E aí o que vocês acham da carga tributária dos produtos comercializados aqui no país? E quanto a posição do governo sobre tudo isso? Assista, curta, comente e compartilhe. Vamos sair da zona de conforto! A mudança começa agora!

Fenômenos da internet

Bom galera hoje o post é uma dica de vídeos e canais interessantes para curtir na internet. Hoje eu estou aqui para falar da Kéfera Buchmann que é uma vlogueira de 19 anos, curitibana que faz alguns vídeos supercriativos e divertidíssimos, vale muito a pena conferir.


O canal da Kéfera chama 5inco minutos, aonde são abordados temas variados que são discutidos em um curto espaço de tempo. Depois de passar horas assistindo dezenas deles, separei meus favoritos para vocês.





Conferiu? Gostou? comente aqui embaixo e compartilhe seus vídeos e canais preferidos da net!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Faça você mesmo



Você sabe o que é Feng Shui ?








Feng Shui (Vento - água) é uma técnica milenar, originária da China há cerca de 4.000, e tem como objetivo harmonizar as energias de certo ambiente, para que o individuo em determinado espaço tenha melhor rendimento em suas atividades, recebendo energias boas dos objetos estrategicamente posicionados.

Durante as horas em que estamos imersos em atividades profissionais compartilhamos tempo e espaço com colegas e interagimos através de sentidos e humores. Há uma troca de energia e nem sempre recebemos de volta a boa energia que liberamos. Pior: a crescente demanda por mais rendimento e resultados, muitas vezes, nos estressa. E essa energia em desequilíbrio, sem querer, passamos adiante. 





Dicas para organizar e harmonizar seu ambiente:

Faça-se 3 perguntas, É ÚTIL? É BONITO? TEM VALOR SENTIMENTAL?

Se você respondeu NÃO a estas 3 perguntas, este objeto, papel ou roupa não tem porque continuar em seu ambiente. Abrir espaço para que coisas novas surjam é condição primordial para receber os benefícios da técnica do Feng Shui.

1 - Estabeleça lugar para tudo
Cada coisa deve ter seu lugar e você deve estabelecê-lo, você não pode jogar as coisas em um lugar qualquer e dizer que "tanto faz".

2 - Quando tirar alguma coisa do lugar coloque de volta
Essa é uma dica bem simples, não precisa nem de muito esforço. É só lembrar de devolver o quê você pegou para o lugar ao qual essa coisa pertence, dessa maneira você mantêm cada coisa em seu lugar.

3 - Confira se está tudo em seu lugar
Muitas pessoas terão preguiça de seguir essa dica, então não precisa fazer isso sempre, estabeleça um tempo (por exemplo uma vez por mês) e cada vez que passar esse tempo dê uma olhada e todo o ambiente para ver se as coisas estão em seus lugares certos.

4 - Livre-se do que não serve mais
De tempos em tempos dê uma olhada no que tem e veja o quê você não usa mais. Olhe o seu guarda-roupa e veja quais roupas não lhe servem ou que mesmo servindo você não usa e doe elas para pessoas pobres, olhe também todas as outras coisas que tem e o quê não tiver mais utilidade para você, jogue fora ou dê para quem acha útil.


As cores ao seu redor:

BRANCO
O branco representa o elemento metal e o ar. É muito bom para o guá da criatividade. Boa cor para a cozinha, área de serviço, lavabo e banheiro.
A cor da paz, da pureza, da purificação, da espiritualidade, da limpeza. Mas é bom ter cuidado, pois ambientes predominantemente brancos podem acelerar o chi (energia vital) e causar muita ansiedade.


PRETO
É a cor do elemento água e representa sabedoria, profundidade intelectual, despertar de insights e forte conexão espiritual.
Nos ambientes - tanto em perspectiva quanto em disposição - é uma cor que indica sensação de profundidade.


CINZA
O equilíbrio dos opostos: preto e branco se misturam para criar essa cor que pode ser um símbolo de equilíbrio e solução de conflitos. É uma boa cor para as relações de amizade
Por um lado, o cinza pode parecer simples, triste, sóbrio ou neutro demais. E por outro pode ser uma cor moderna, harmoniosa, chique e marcante.


ROSA
É a cor do amor, da felicidade, do romance e representa intenções puras.


VERMELHO
Força, vigor, energia, paixão, ação, calor, verão! Vermelho traz vitalidade e eleva a autoestima das pessoas e dos ambientes. Desde os tons mais vibrantes até os mais escuros ou queimados, o vermelho é uma cor poderosa. E também sugere proteção divina e psíquica  representando luz, fogo e poder.


ROXO
A mistura de vermelho e azul sugere um equilíbrio entre amor e sabedoria, paixão e razão, mente e espírito. Roxo é uma cor conectada às energias da compaixão e das boas ações.
Também é a cor de grandes ideais e das pessoas de sorte. Inspira dignidade, autoridade e respeito.


VERDE
O verde, em todos os seus tons, é a cor do guá da família e representa o elemento madeira que se expande e leva as sementes de seus frutos e flores de um lado para outro, fazendo florescer projetos, realizar sonhos, conquistar objetivos, nascer inspirações, iniciar etapas. E assim criar e recriar para que a casa e todas as demais áreas da vida fiquem mais harmoniosas e equilibradas.


AZUL
Em sua mais profunda essência, o azul transmite tranquilidade, harmonia e paz.
O azul escuro simboliza as profundezas das águas do mar, a sabedoria, o poder da intuição e do inconsciente. O azul claro simboliza paz e espiritualidade angelical. E o azul esverdeado é muito positivo, associado à natureza e ao elemento madeira representa juventude e desenvolvimento.

Desneurando

Eu quero ser ...


Como todos vocês devem saber, este ano ingressei na faculdade de Direito, e até então nunca tinha sentado para refletir sobre a minha escolha. Sei que desde pequena eu sempre quis trabalhar com algo que envolvesse pessoas e seus conflitos internos. Me lembro de querer ser juíza, advogada, cientista política, jornalista, professora de história e gestora pública...mas lembro principalmente do meu desejo imenso de querer fazer algo grande. Escrever um livro, formar opiniões, contribuir para um processo democrático de revolução, ou todos os itens juntos. Agora, olhando para tudo isso eu consigo enxergar o quanto é importante ter um objetivo na vida. Acho que finalmente eu entendi que na realidade não importa o que você escolhe fazer para toda a sua vida, mas sim o quanto você quer que este sonho se concretize e o que você está disposto a sacrificar para realiza-lo. Imagino que se todos corressem atrás de seus sonhos, o mundo seria bem melhor, muito menos adultos frustrados, muito menos profissionais incapacitados, muito menos violência... Quem sabe a vida seja fácil assim, escolher um objetivo alvo, mirar, e percorrer todo o trajeto em busca do prêmio, tirando a essência de cada aprendizado, se tornando mais capaz a cada queda, fortalecendo as bases do seu próprio alicerce. Porque no fim das contas, o mundo nunca vai se tornar mais fácil, e isso também não é a respeito de sorte, ou do quanto favorecido ou desfavorecido você pode ser, é a respeito de você, e o fato de você ser o senhor do seu destino, o centro do seu universo, e merecer toda dedicação e esforço para triunfar. Cuide-se, corra atrás, valorize-se, você é uma estrela, e toda estrela tem o direito de brilhar. Não há nada que você queria que não possa conseguir, você merece sorrir, basta apenas tentar. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Desneurando

Síndrome de companhia


Mais uma vez acordo atrasada, com pressa demais para vestir a mascara de glamour. Corro pelas ruas, e ufa... alcanço o ônibus. Todos os dias ao entrar no ônibus eu me sinto como uma daquelas crianças americanas, que sofrem bullyng ao ir para a escola. Enquanto caminho da roleta ao fim da condução, eu reparo nos rostos de cada individuo, noto cada conversa, cada olhar. Eles me parecem tão iguais, com as suas manias de diferenças. Sentada no canto, contraindo a bolsa em cima da barriga, com olhar longe e decepcionado, escondido através das lentes de sol, eu juro que vejo, algo que ninguém vê. 
Fico me perguntando se é assim que vivemos, se é assim que devemos viver. Como animais de circo, educados a seguir nada mais nada a menos do que o conteúdo programático previsto no roteiro. Eu queria não sentir toda essa pressão para encontrar alguém; Alguém com quem dividir, alguém para somar. Talvez eu tenha encontrado, talvez este alguém seja eu. Eu que me surpreendo, que me revelo, que me vanglorio, porque no fim das contas, eu vou sempre ser minha melhor amiga. Se errar? sou digna do perdão. Se acertar? incrivelmente extraordinário. O único problema de se completar sozinho, é que você não vai encher teu ego. Pode ser até mesmo essa a função de amar. A necessidade de ter alguém dependente, o sentimento de ser para alguém, o ar e o chão. 
Hoje eu posso dizer que amo; Amo cada pessoa e todas as suas partículas singulares, amo o que cada uma delas acrescenta em minha vida. Mas principalmente, amo a mim, em primeiro lugar. E aprendi a me completar, me fazer feliz. Um pouco de amor próprio não faz mal a ninguém.. Precisamos investir mais em nós, em nossos sonhos, em nossos deveres e obrigações, em completar aquela lista de tarefas jogada a séculos no funda da gaveta. Eu quero ser interessante, quero ser pra mim, fundamental. Quero ser o meu exemplo, quero ser eu mesma, a pessoa em que me espelharia. Chega de procurar alguém pra completar, eu quero alguém em quem valha a pena investir, e este alguém... Sou eu.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Papo Sério


Recados aos Leitores


Olá queridos leitores, queria começar a postagem de hoje inicialmente agradecendo por todas as visualizações do blog, a todos vocês que acessaram, indicaram, comentaram, pois hoje de manhã batemos a meta de 400 acessos, e desde então o blog não tem parado, e estamos rumo aos 500 acessos!
Entendo bem o como é complicado ter um espaço notório dentro da internet, principalmente com as centenas de celebres que eclodem todos os dias na rede. Gostaria de agradecer de verdade, a todos vocês que curtiram o meu trabalho, e estão acompanhando. Nada mais importante do que o apoio e colaboração de gente querida! Este ano está sendo incrível para mim e a concretização do blog, e o sucesso (porque pra mim cada visualização, é um sucesso!) que eu tenho conseguido através dele, e as inúmeras oportunidades legais que tem surgido, desde então. Como vocês deve ter notado, o blog está com layout novo, no entanto o conteúdo continuará eclético da mesma maneira. Com o bônus de que agora, o blog tem páginas diversificadas que vareiam de blogs recomendados por mim, a uma coluna novinha em folha, que estréia hoje com o nome " Faça você mesmo" que trará um montão de matérias legais sobre customizações, nail arts, e dicas de coisas bacanas e curiosidades para se fazer em casa. Por fim, o blog agora também contará com uma página pra um contato direto comigo e perguntas frequentes. Então é aí queridos leitores, agora temos um canal direto, e esperem cada vez mais postagens bacanas!!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Espaço Literário

A menina do Vale


O post de hoje é sobre um livro incrível que eu tive a oportunidade de ler durante a semana passada. "A Menina do Vale" é um livro maravilhoso sobre empreendedorismo visto ao ponto de vista de Bel Peace, uma jovem de 24 anos de idade que já teve a oportunidade de trabalhar com multinacionais como o Google e a Microsoft! Hoje em dia ela integra a liderança de engenheiros da companhia americana Oyala, e é uma dos fundadores da Lemon, que atualmente já tem mais de 1 milhão de usuários.
Mas o interessante mesmo é que o livro não se trata de como Bel Peace é talentosa (o que de fato não é contestável de maneira alguma!), o livro é sobre como todos nós podemos, se quisermos, realizar nossos sonhos e projetos pessoais. O livro ainda conta com inspirações super interessantes sobre como pessoas comuns, com padrões de vidas idênticos ou as vezes até mesmo inferior aos nossos, se tornaram donos de marcas mundialmente conhecidas como o Mc Donald's!
O mais bacana de tudo é que o livro é curtinho e está disponibilizado gratuitamente neste site aqui: http://ameninadovale.com/versaoonline/ , basta clicar em "versão online".
O livro é inspirador e vai te levar a querer dar um start naquele seu sonho que está na zona de esquecimento há séculos! Quem se interessar e ler, estará ganhando muito conhecimento e dicas super bacanas de quem superou passo a passo os desafios do empreendedorismo!

Leiam e depois comentem tudo aqui o que vocês acharam do livro!

Papo Sério

Monopólio do conhecimento

                                 


Bom queridos leitores, estou de volta com o fim das provas (até que enfim!) e com muitas coisas pra dizer! Esta semana aconteceu aqui na minha cidade um protesto que reuniu cerca de 600 estudantes em uma das avenidas mais movimentadas de Jundiaí ( à Avenida Nove de Julho), o protesto se deu por conta de que um dos candidatos a prefeitura da cidade protocolou no começo da campanha uma intenção de trazer para a cidade um curso da Universidade de São Paulo (USP). O que acontece, é que depois de mais de 25 anos de governo, a atual administração sempre demonstrou descaso pleno para com a intenção de trazer de fato uma Universidade Pública para  a cidade, e às vésperas da eleição é formalizado um compromisso com a finalidade de trazer apenas um curso de Engenharia da Computação, com apenas 40 vagas! Por que eu estou dizendo tudo isso? Porque mais revoltante do que a postura da prefeitura de Jundiaí para com os estudantes, e todo o resto da população, foi a mediocridade com que a imprensa da cidade se portou diante da situação. Desqualificaram as entidades estudantis que estavam presentes protestando, dando acompanhamento e suporte aos manifestantes, e marginalizaram cerca de 600 estudantes de ensino médio e técnico, caracterizando-os como vanda-los bandoleiros. De fato  tenho a ciência de que a profissão de jornalista é em sua grande parte do tempo muito ingrata com seus trabalhadores, uma vez que é muito difícil ser reconhecido como um grande jornalista nos dias atuais. Principalmente pela competitividade no mercado de trabalho para este ramo, e a internet aonde eclodem diariamente centenas de fenômenos, cada qual a seu modo. No entanto, acredito que os senhores jornalistas deveriam ser mais éticos ao transcender uma informação, baseando-se apenas nos fatos e não em opiniões próprias ou compradas. Penso que talvez se estes mesmos jornalistas que distribuíram essas matérias vexatórias tivessem tido a oportunidade de cursas Jornalismo em uma Universidade Pública de maior prestígio, quem sabe assim, estes mesmos não teriam aprendido logo no primeiro ano de graduação a linha extensa que separar resumo de resenha.
Ter a oportunidade e o dom de formar opiniões, e passar informação com milhões de riquezas de detalhes, de forma que o leitos possa em sua mente configurar todo o cenário em que se expõem o fato é uma dádiva!  Vocês, senhores escritores, deveriam se concentrar em serem majestosos e escreverem sempre em seus textos e colunas como se fosse a primeira e a última vez. Assegurando que a assinatura de seus trabalhos expostos seja a imortalidade de suas palavras, e o comprometimento com a verdade, ao invés de carregarem abaixo de seus nomes a especulação de quanto foi pago por cada matéria sensacionalista sem uma pincelada de vericidade. Tenham ética! Nos tempos em que todos estão com pressa demais, ou irritados demais para ouvir ou perguntar, resta a vocês meus caros elementares o trabalho silencioso de compartilhar o que está sendo esquecido.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Espaço Literário

Morte de Eric Hobsbawm;




Hoje o mundo sofre uma enorme perda, Eric Hobsbawm faleceu aos 95 anos de idade. Autor de inúmeras obras que até hoje norteiam os estudos da sociologia principalmente entre as doutrinas marxistas, Hobsbawn se vai, deixando um gigantesco tesouro literário para o deleite de toda uma geração futura. Considerado um dos maiores historiadores do século XX, ele se dedicou sua vida à política, por desde muito cedo sentir o impacto da crise econômica e colapso social, efeitos colaterais da Primeira Guerra Mundial.
Durante a Segunda Guerra Mundial teve um papel fundamental participando novamente de um período histórico do século XX, quando integrou O Exercito Britânico Contra os Nazistas.
Tornou-se membro dos historiadores Marxistas britânicos, um grupo que buscava entender a história da organização das classes populares em termos de suas lutas e ideologias, através da chamada História Social.
Em 1994, Hobsbawn lança o livro que te daria prestigio e reconhecimento mundial. "A Era dos Extremos" vinha para ilustrar todo o pós cenário do século XX, tornando-se a obra mais lida e indicada sobre a história da humanidade.
Hobsbawn era portador de algo que todos deveriam ter, a solidariedade, preocupação e zelo para com as questões sociais. Era um incansável idealizador, filósofo moderno que procurava através de seus escritos sempre encontrar uma maneira de expandir o lado positivo de cada situação, fosse ela guerra ou revolução. Em meio aos tempos em que ideias revolucionarias se propagam ao vento, permanece a promessa de seus seguidores de que neste dia ele se vai, assim como muitos outros, no entanto a luta continuará!

Entre Aspas




 "A injustiça social ainda precisa ser denunciada e combatida. O mundo não vai melhorar sozinho."

                                                                                                                          Eric Hobsbawm