quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Crônica: Longe para todo sempre.



Era Julho, mês de férias...Quando tudo pode acontecer. Por mais incrível que pudesse ser se aventurar na estrada rumo a uma cidade maravilhosa, por mais excitante que fosse o inesperado, algo em mim estava amargo. Desde a partida, desde o momento em que deixávamos para trás as luzes de São Paulo em uma madrugada qualquer. 
Embaixo do cenário fantástico aonde antes trocávamos juras de amor, desça vez existiu apenas um silêncio agonizante. Estar ao seu lado sempre foi motivo de alegria, mas não desta vez. A sua simples presença me cortava como estilhaços de vidro e eu nem podia te explicar o porque. Naquele tempo eu já sabia que era o começo do fim, nós só não havíamos nos conformado com isso ainda. 
Hoje, muito tempo depois, mesmo querendo com toda força, eu não consigo me lembrar da dor, do amor, ou de qualquer outro sentimento referente a você. Eu construí sozinha uma muralha troiana com cada pedra que você atirou em mim. Agora você não passa de uma música ruim, da qual eu me esqueci a letra, completamente sem melodia. Você! Como eu posso considerar trazer de volta quem me trouxe tanta dor e sofrimento. Por questão de honra eu deveria arrancar seu coração com as mãos e quebra-lo em partes, semelhante ao que você fez com o meu orgulho, meu amor, e minha confiança. Mas não... Minha honra será lavrada com as minhas conquistas e não com os meus maus feitos sobre você, ou sobre qualquer um. 
Então, no que se diz respeito a todo o mal que você causou, eu te perdoo, por que sei que a pena de se olhar no espelho depois de tanto mal, será muito intensa e comprida. Apenas peço que se afaste, e que não perca seu tempo ou seu orgulho vindo atrás de mim... Eu te avisei que este dia chegaria, mas quando eu te disse você estava ocupado demais olhando para os lados. 
Viva a sua vida, seja livre e lhe desejo tudo de bom, porque eu sem dúvida estou livre, vivendo a minha, com tudo que pode haver de melhor nesse mundo. 

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